Day1 | EBANX: “Não é mais um sonho, é o nosso dia a dia”

Endeavor Brasil
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A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.

Artigo atualizado em outubro de 2019.

Alphonse, João e Wagner são sócios muito diferentes. Dessa singularidade, nasceu a força do EBANX. Hoje, eles são reconhecidos como um dos primeiros unicórnios apoiados pela Endeavor.

A notícia estampava os jornais no dia 16 de outubro de 2019.

EBANX é o mais novo unicórnio brasileiro e o primeiro do Sul do Brasil

Líder em processamento de pagamentos cross-border, o EBANX já ajudou mais de 50 milhões de latino-americanos a acessarem serviços e produtos globais, como AliExpress, Wish, Pipedrive, Airbnb e Spotify, com um volume de processamento que dobrou nos últimos dois anos, superando a marca de US$ 2 bilhões.

Mas essa é apenas uma fotografia de um filme maior. Uma jornada que podemos dizer com orgulho, na Endeavor, que fazemos parte. Começou em 2012, quando a empresa nasceu. Sete anos atrás, Alphonse Voigt, João Del Valle e Wagner Ruiz foram selecionados como a menor empresa apoiada no portfólio da Endeavor.

Hoje, ser o primeiro unicórnio apoiado pela Endeavor é mais do que um título. Esse é o reconhecimento do impacto que os três empreendedores têm no país. São exemplos para o ecossistema de Curitiba, do Brasil e de toda a América Latina.

Conheça a história completa do EBANX no Day1 de Alphonse, João e Wagner.

A história nos conta que a Torre de Babel tinha um objetivo audacioso. A humanidade queria construir uma torre para chegar aos céus. Como castigo, todos que ali estavam envolvidos, naquele momento, passaram a falar idiomas diferentes. Ninguém mais conseguiria se entender. Por isso, talvez, o projeto nunca tenha saído do papel. Dizem que, nessa época, nasceram as línguas, países, povos e nações. De Babel, formaram-se as primeiras fronteiras.

Quem conhece Alphonse Voigt, João Del Valle e Wagner Ruiz pode até pensar que os três nasceram em Babel. Percorreram caminhos completamente distintos, são apaixonados por assuntos diferentes e explicam na sua própria linguagem o sonho que têm em comum: derrubar fronteiras para garantir às pessoas acesso. É isso que o EBANX faz.

Hoje, o EBANX é mais do que uma empresa de pagamentos para sites internacionais. É uma ponte entre o Brasil – e outros países da América Latina – e o mundo, combinando culturas e idiomas tão diferentes para que todos tenham acesso a serviços e produtos de empresas como Spotify, Airbnb e AliExpress.

Os três empreendedores fizeram das diferenças, sua maior potência. Com os pés em Curitiba e os olhos no mundo.

É claro que no começo eles não sabiam disso.

Quando os caminhos se cruzam

O ano era 2011. Alphonse ainda se recuperava do grave acidente ocorrido em 2005 com seu paraquedas. Esportista radical, surfista, paraquedista e sonhador. Fazia as sessões de fisioterapia já sonhando com o próximo negócio.

A rotina de recuperação sempre foi puxada, mas o sonho grande não saía da cabeça. Anos antes, tinha feito um curso de Filosofia e Desenvolvimento Mental. O professor — adivinha só — era o Wagner. Paulistano da gema, especialista em mercado financeiro e empreendedor serial — já tinha fundado outras 8 empresas antes de conhecer Alphonse. Já tinham trabalhado juntos em outros projetos até que Alphonse fez o chamado: a ideia do EBANX já rondava seus pensamentos e ele precisava de alguém que o ajudasse a desenhar o modelo.

Wagner abraçou a ideia e começou, no dia seguinte, a planejar os passos para viabilizar o negócio. Bateram na porta de mais de 10 bancos com aquela ideia em mente. Apenas um deles aceitou conversar. Nascia ali uma parceria que perdura até hoje com um banco de câmbio que ajudou os empreendedores a desenvolverem um modelo de negócios inovador e viável para o processamento de pagamentos para sites internacionais.

Com isso feito, faltava o braço de tecnologia. Mais uma cabeça que completasse o time, responsável pelas integrações do EBANX com os sites estrangeiros. Alguém que fizesse a máquina girar. Ao buscar essa pessoa, Alphonse acabou conhecendo Antonio Maganhotte Jr, da Polvo Tecnologia, da qual João Del Valle e Eduardo Simioni também eram sócios. Desse encontro, algo engraçado aconteceu: Antonio — ou Polvo para os amigos — virou para Alphonse e disse: “Quero te apresentar ao João, que é quem vai estar com você no projeto EBANX”. Alphonse não entendeu nada, mas vindo do Polvo, deveria ser (o João) coisa boa.

Ele tinha razão. Orientado a resultados, engenheiro, atleta, curitibano do tipo que, sem você perceber, conduz a conversa para a direção que ele deseja. Antes daquele encontro, João já tinha vivido experiências no exterior com uma carreira promissora no mundo corporativo.

Alphonse conta que:

“A primeira venda que fiz foi para esses caras. Eu falei:

— Wagner, esqueça o que você está fazendo.

— João, pare tudo e venha para o EBANX!

Venham que a gente vai dominar o mundo!”

Na história de Alphonse, ele praticamente salvou os dois. Já na de Wagner e João, o que aconteceu foi justamente o contrário.

Apesar de concordarem em discordar, todos têm uma certeza: ali foi onde tudo começou.

João conta que o início foi bastante difícil. Ele trabalhando em part-time job, criando APIs, enviando documentações e tentando entender as integrações com os sites estrangeiros. Wagner estudando o modelo de negócio, lendo e relendo as regulamentações aplicáveis. E o Alphonse lá na frente já vendendo a ideia do EBANX.

Mesmo com essa rotina intensa, a segunda maior venda que fariam ainda estava por vir.

O Day1 do EBANX

Nesse primeiro ano de operação da fintech, Alphonse chega um dia com uma ideia diferente: uma tal de Endeavor. Ele tinha visto nos jornais que nós estávamos ampliando a busca e seleção de empreendedores de alto impacto. Era uma chance única para o EBANX.

No telefone, quem atendeu foi o Matheus Bernert que, na época, trabalhava no time de Apoio a Empreendedores. Era a primeira vez que um empreendedor nos procurava. Normalmente, o nosso time era o responsável pela busca. Mas Alphonse não era do tipo que esperaria o telefone tocar. Matheus conheceu a empresa, ouviu sobre os planos de crescimento e aceitou o desafio de conduzir os três pelo processo de seleção dos Empreendedores Endeavor.

Eles ainda eram muito pequenos, tanto em número de funcionários, quanto em faturamento. Mas foi naquela época que os empreendedores aprenderam o conceito de “Vai que Dá!”. Essa força e confiança no próprio modelo e na capacidade de construírem um negócio de impacto os levou até o Painel Internacional de Seleção, em Miami.

Depois de passar pelo Painel Nacional, com aprovação de grandes mentores daqui, parecia fácil convencer o resto do mundo de que o EBANX tinha um modelo promissor, escalável e com potencial.

Wagner conta que:

“Em Miami, o bicho pegou. A gente não conseguia se explicar. Eles perguntavam nossos planos para os próximos 5, 10 anos…E nossos números estavam completamente furados. Não estávamos preparados para as perguntas difíceis. Nem para as fáceis. Máquina de Vendas…o quê?

Até que chegamos em uma sala cheia de gente e fizemos nosso pitch. Um dos mentores da banca, Edgar Bronfman Jr., presidente do Conselho da Endeavor Global, olhou para nós e falou:

— No mundo, existem dois tipos de pessoas: os líderes e os seguidores.

Nessa hora, o Alphonse estufou o peito e tinha certeza de que o Edgar falaria que seríamos os líderes.

Mas ele continuou:

— Para mim, vocês parecem apenas seguidores.

Naquela hora, nosso mundo caiu.”

Apesar dessa primeira rodada de entrevistas ter sido ruim, os empreendedores ainda tinham uma oportunidade de reverter aquele veredicto: no jantar daquela noite, antes das deliberações finais na manhã seguinte.

Wagner continua:

“Nessa hora, aconteceu nosso primeiro Day1 juntos. Paramos, como estamos aqui, nos olhamos e dissemos: ‘Desistir? Nem a pau.’ A gente chegou até aqui, não daria para voltar ao Brasil sem isso. Fizemos uma operação de guerra no jantar. Falamos com todo mundo, explicamos, explicamos…Fomos os últimos a sair.”

Eles ainda contaram com a sorte de Verônica Serra, mentora brasileira da Endeavor, ser uma das painelistas do ISP. Ela acreditou no potencial do EBANX e foi fundamental para convencer os outros painelistas de que o sonho grande dos três era viável. No dia seguinte, aconteceria a votação. A deliberação teria que ser unânime para que os três voltassem para casa, oficialmente, como Empreendedores Endeavor.

A operação de guerra funcionou. Eles foram aprovados! O EBANX foi a menor empresa já aprovada no Brasil e, hoje, seis anos depois, é uma das maiores do nosso portfólio.

Para entender o tamanho e a velocidade desse crescimento, basta uma pergunta. Quem já alugou um apartamento no Airbnb, assinou Spotify, adquiriu algum jogo do Playstation para os filhos ou comprou algo no AliExpress?

A plateia do Day1 traduziu bem esse alcance: todas as mãos se levantaram. Ao utilizar esses serviços, os brasileiros estão usando o EBANX.

Cada degrau que eles subiam em direção a esse crescimento, deixava claro: não se tratava apenas de uma solução de pagamento. O que eles estavam oferecendo, nesse mundo de Babel cheio de fronteiras, era acesso. Dar às pessoas a oportunidade de comprar produtos e ter serviços globais que antes seriam acessíveis apenas a uma parcela da população.

No início, esse caminho já era promissor. No final de 2014, mais de 50 ebankers já ocupavam um andar inteiro de um prédio no centro de Curitiba. Mas Alphonse ainda se perguntava: o que vem a seguir? A inquietação do empreendedor que sonha grande logo se encontrou com o pragmatismo de quem é guiado por resultados. João tinha a resposta.

— Nós precisamos crescer 10 vezes.

João lembra da máxima que sempre guiou os três pela jornada: Na dúvida, cresça.

“Foi para esse lado que fomos. Parece inspiracional demais olhando para trás. Mas, olhando para frente, é muito obscuro, não dá para entender muito bem. É como um túnel escuro em que você tem uma pequena lanterna. Você vai tateando e, aos poucos, vai dando o próximo passo.

Crescemos, construímos, superamos vários obstáculos. Quando olhamos para o lado, no final de 2017, a gente tinha conseguido. Nós crescemos 10 vezes!”

Aqueles 50 ebankers agora são quase 500, e ocupam vários espaços de um prédio muito maior que aquele de 2014. O portfólio de clientes, hoje, é formado por mais de 500 sites ativos de diversas partes do mundo, oferecendo a mais de 30 milhões de brasileiros o acesso a produtos e serviços globais. E os planos não param por aí.

Para quem já falava português, inglês e arranhava o chinês, começar a falar espanhol era um caminho natural. O EBANX passou a operar, então, em 7 países latino-americanos, com mais 2 no caminho, realizando o sonho de atender a toda a América Latina. Além dos escritórios no Brasil, eles possuem um escritório em Londres e com ebankers espalhados pelo mundo inteiro, somando 19 nacionalidades. Lidam, diariamente, com uma infinidade de países, línguas, clientes e parceiros pelo mundo. Uma confusão de idiomas e culturas, feito Torre de Babel.

Mas esse é um desafio pequeno perto do sonho grande que alimentam. Transpor fronteiras e diferenças e continuar construindo pontes para nos conectar ao mundo. Na história de Babel, foram as diferenças que impediram a humanidade de chegar ao céu. Já nessa história, temos uma certeza: são as diferenças que fazem o EBANX chegar cada vez mais longe.

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