Day1 | José Rizzo: preparando as bases certas para o foguete decolar

Endeavor Brasil
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Uma scale-up com mais de 20 anos: essa é a história da Pollux. Como José Rizzo chegou ao modelo escalável em uma indústria de robôs? Essa é a história que ele conta em seu Day1.

O primeiro contato de José Rizzo com o fliperama foi em uma viagem que fez com a família à Escócia, quando garoto, para visitar um amigo. O jogo escolhido foi o Space Invaders, e o vício foi instantâneo. Quando voltou ao Brasil, Rizzo encontrou uma máquina que alimentasse sua obsessão e, com uma ficha, ele passava duas ou três horas vidrado em derrotar marcianos.

O Space Invaders acabou se tornando uma metáfora perfeita para o que ele acabou construindo depois de adulto: uma jornada empreendedora. Isso porque, enquanto você fica ali embaixo, na sua base, controlando sua nave, os problemas e ameaças vão aparecendo ao redor. Você tem que ir atacando um por um, e a única certeza é que os desafios nunca param de aparecer. Só mudam de cara e tamanho.

Se você se distrai, rapidamente eles se acumulam e você perde o controle da situação.

Quanto melhor você fica nesse jogo, maior a complexidade e velocidade dos obstáculos. E é preciso responder no mesmo nível. A caminhada de José Rizzo tornando a Pollux uma empresa de alto crescimento foi mais ou menos assim.

Nesse Day1, ele compartilha o que aprendeu

Desencorajar-se jamais

Apesar de ter um bom salário na Embraco, Rizzo não tinha dinheiro nenhum para investir. Acontece que seus pais decidiram abrir uma loja de roupas infantis em um shopping de Joinville e, apesar muito empenho, tinham pouco conhecimento sobre o assunto. Em pouco tempo, a loja quebrou espetacularmente.

Quando Rizzo se deu conta da situação, a dívida com o shopping já estava imensa. E adivinhe quem havia assinado como avalista?

Toda as suas economias tiveram esse único destino e ele ainda ficaria mais 15 anos pagando essa dívida. “Mas, para mim, aquilo faz parte. Um pouco do empreendedor é isso, esse desprendimento. Foi um negócio que não deu certo, vamos para o próximo. De maneira alguma foi um desestímulo”, conta.

Rizzo resolveu convidar colegas da empresa para se juntar ao seu sonho e ajudar a colocá-lo de pé.

Seja grande enquanto pequeno

“Nossos concorrentes eram empresas americanas, alemãs… Então a gente tinha que parecer sério e importante”, diz Rizzo. Foi a a única fase de sua vida em que ele andava de terno. E todas as semanas eles passavam em São Paulo, tentando vender.

“Normalmente a semana terminava na sexta à tarde, com a última visita a um cliente. A gente falava ‘obrigada pela oportunidade, pensa com carinho, infelizmente agora a gente tem que pegar nosso voo.’ Mal sabia ele que era um voo rasteiro, que saía do Tietê.”

E mesmo enfrentando longas viagens de ônibus, passar essa confiança foi parte do que os ajudou a conquistar o primeiro cliente da Pollux: uma grande farmacêutica.

Quando decisões difíceis são necessárias

A partir dessa oportunidade, a Pollux cresceu rapidamente e passou a atender todo o setor farmacêutico. Captaram investimento e, frente a diversas oportunidades de expansão, Rizzo começou a montar seu time dos sonhos para entrar em campo. Mas quando entraram no gramado, os refletores apagaram.

O ano era 2002. Em meio a mudanças políticas, o dólar disparou, os clientes pararam de comprar e a Pollux entrou na fase mais difícil de sua história. A equipe estava pronta para um volume de vendas que não vinha. Com custo fixo alto e muita gente ociosa, Rizzo fez as contas e concluiu: essa empresa vai quebrar.

Infelizmente, a solução era óbvia, e ele precisou decidir entre reduzir pela metade o quadro de funcionários ou continuar na luta com o time completo, com alto risco de não dar certo e todo mundo ficar sem trabalho.

Ele nunca havia mandado uma única pessoa embora. De repente, precisou demitir 60.

Apesar do enorme desafio pessoal e dos anos que passou sentindo-se culpado, foi a demissão em massa que salvou a Pollux da falência.

Deu certo, e a máquina virou motivo de orgulho para o time, mas também serviu como um alerta: algo precisava mudar.

Aposte em si mesmo

Por algum tempo, a empresa andou de lado. Rizzo levou um puxão de orelha da própria Endeavor: a velocidade de crescimento estava lenta. O empreendedor saiu da conversa chateado, ficou pensando no que estava fazendo de errado, demorou a dormir naquela noite.

No dia seguinte, de consciência recobrada, ele saiu do banho e se encontrou no espelho. Por algum tempo ficou se olhando, com a cabeça cheia, e disse a si mesmo: “José Rizzo, acredito em você pra car****!”

Sentiu ali uma energia tão forte que ele se deu uma missão: converter a Pollux em uma empresa de escala rápida. Convidou, para se juntar à empresa, um amigo que acabou liderando algumas áreas do negócio e deu ao fundador mais tempo para estudar. Depois de ler o livro “Scaling up”, de Verne Harnish, aplicou sua metodologia para otimizar a operação e começou a pensar em formas de implantar um modelo de receita recorrente.

A solução foi alugar robôs, em vez de apenas instalar as máquinas. No começo a indústria estranhou, mas acabou funcionando. E no final de contas, foi de dentro que surgiu a força para transformar a Pollux em uma empresa de crescimento acelerado.

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